Rimsha, menina cristã que pode ser condenada à morte por blasfêmia


A menina Rimsha, que pode ser condenada à morte por blasfêmia contra o Alcorão, tornou-se alvo de uma campanha mundial que clama por clemência.
Rimsha é de família cristã, tem 11 anos de idade e sofre de deficiência mental, e foi acusada de blasfêmia por ter rasgado e queimado páginas do livro sagrado do Islã.
 
Em um comunicado divulgado pela rede de ativismo Avaaz, que conta com colaboradores em todo o mundo e baseia seus protestos através da colheita de assinaturas via internet, a mãe de Rimsha, Misrek Masih relatou a luta pela vida de sua filha, que é mantida sob custódia da polícia numa prisão de segurança máxima.
 
Na semana passada, uma multidão enfurecida ameaçou queimar minha filha viva, e em 48 horas um juiz vai decidir se ela será solta ou se será mantida na prisão. Rimsha é menor de idade e tem deficiência mental. Ela frequentemente não tem controle sobre suas próprias ações. Ainda assim, a polícia local aqui no Paquistão acusou-a de profanar o Alcorão, e desde então tememos pela sua vida – afirmou Misrek Masih.
 
Masih também pediu ajuda para alcançar 1 milhão de assinaturas através da campanha da organização ativista para tentar convencer o presidente do país, Asif Ali Zardari evitar a condenação da garota. Até o fechamento desta matéria, a organização já havia coletado mais de 700 mil assinaturas de pessoas de todo o mundo.
 
De acordo com informações da agência de notícias EFE, o laudo médico que atesta a condição de deficiência mental da menina Rimsha foi apresentado ao tribunal no último dia 28/08. Porém, mesmo assim, o julgamento está mantido.
 
O diretor de uma organização que trabalha pela liberdade religiosa no Paquistão, Sajid Ishaq afirmou que mesmo que seja absolvida, a menina deverá se mudar para evitar retaliações: “Rimsha já não poderá viver neste país, é perigoso demais”. Especialistas internacionais afirmaram que é ilegal manter presa uma pessoa que, por sua condição de saúde mental, não pode compreender o delito de que a acusam.
 
Para assinar a petição pública pela absolvição de Rimsha, acesse este link.
Redação Gospel+

1 comentário:

  1. A adolescente deslocou-se hoje a um tribunal de Islamabad, onde chegou protegida por unidades de elite armadas e com a cabeça coberta com um xaile branco para não ser reconhecida.

    "Pedimos o prolongamento da sua detenção preventiva por duas semanas para investigar e o tribunal aceitou este pedido", declarou Munir Jafri, um polícia encarregado do dossier, à agência noticiosa francesa AFP.

    Uma nova audiência está prevista para sábado sobre o pedido de libertação da adolescente e sobre a validade do relatório de um painel de médicos que estima que a rapariga tem "cerca de 14 anos" e sofre de uma deficiência mental.

    Rimsha Masih, que sofrerá de síndrome de Down, foi detida no passado dia 16 num bairro pobre da capital do Paquistão, Islamabad, depois de muçulmanos em fúria terem exigido que fosse punida por ter queimado páginas onde se encontravam versículos do Alcorão.

    No Paquistão, com cerca de 97% de população muçulmana, a blasfémia é legalmente punível com a morte.

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