O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE



NECESSIDADE DE SUSTENTO
“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.” Mt 6.11

Dá-me, dá-me, parece ser o único tipo de oração que certas pessoas sabem fazer. Aliás, tais pessoas só oram quando precisam de alguma coisa.

São pessoas que só vêem Deus como uma espécie de depósito onde se guarda mantimento.
Deus já fez a promessa de suprir todas as nossas necessidades. Mas Ele quer que nós O busquemos pelo amor que Lhe temos, e não por causa das coisas.

O que Deus quer de nós é que O amemos e O adoremos. Ele é galardoador dos que O buscam, Hb 11.6.

UMA QUESTÃO DE DESEJAR
Deste ponto da oração do “Pai-nosso”, vamos abordar as necessidades humanas: alimento, perdão, provação e libertação.

Necessidade de sustento significa todas as coisas de que necessitamos para viver: alimento, roupas, escola, casa, dinheiro, etc. Deus nos dará todas estas coisas, se tivermos antes interesse pelo seu reino, 1Jo 5.14.

A oração não é para procurarmos convencer Deus a dar-nos o que estamos a pedir. Ele, mais do que nós, sabe das nossas necessidades e ainda esta interessado em suprir cada uma delas. Quando estamos a orar, não estamos a dizer algo que Deus já não saiba, Mt 6.7.

No momento da oração, pedir é apenas um de seus aspectos,  sendo que, louvor, adoração e acções de graça, devem vir em primeiro lugar. Este é o modelo de oração que Jesus praticou. Ele não orou pedindo coisas, quando fez, foi em curtas palavras. Ele sabia que  ao buscar a vontade de Deus acima de tudo, todas as suas necessidades seriam supridas.

1   1. Prioridade que os incrédulos buscam na oração
Os filhos de Deus não devem ser como os incrédulos. “Não só de pão viverá o homem” Mt 4.4. O Diabo quis mudar os interesses de Jesus, o que normalmente faz e consegue com aqueles que na oração, cujo interesse esta voltado apenas para si mesmo, suas necessidades. A vida é mais do que emprego, comida, bebida ou qualquer outra coisa.

Jesus nos ensinou a orar por coisas mais importantes. Ele disse:

“Não ajunteis tesouros na terra”, Mt 6.19.

“Não podeis servir a Deus e às riquezas”, Mt 6.24.

“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida quanto ao que haveis de comer ou beber”, Mt 6.25.

Em Mateus 6.31-32, Ele falou das coisas que revelam a diferença que existe entre o crente e o incrédulo, entre o filho de Deus e o filho do Diabo.

     2. Prioridade dos crentes na oração
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, Mt 6.33.

Aqui temos a orientação do Senhor Jesus daquilo que é prioridade na oração. Primeiramente buscar os interesses do reino, e só depois é que incluímos as nossas necessidades.

ABUNDÂNCIA
Tem gente que possui em abundância, outras não. Porquê? Por que não possui fé para repartir. Tudo o que possuem é usado para seu próprio bem. Tudo o que existe não é propriamente nosso, é de Deus. Aqueles que muito possuem, Deus espera que sejam apenas despenseiros de suas riquezas, usando-as justamente para repartir.

Aí é que é preciso de fé.
      
     1. A medida da fé, Rm 12.3,8.
O dom de repartir. Repartir é um dom dado por Deus. Aquele que possui este dom, reparte da abundância que possui aos que tem necessidade.

2. Um vaso de bênçãos
As riquezas são distribuídas para serem usadas com justiça com os que tem necessidades. Por isso Jesus disse palavras duras aos ricos: “É mais fácil passar um camelo no fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Deus.” Mt 19.24.

Toda riqueza acumulada vai servir de testemunho contra tais ricos, pois não as utilizam para o fim que lhes fora confiada, Tg 5.1-6.

O DOM DE REPARTIR
Existem pessoas que tem o dom de repartir, não guardam as riquezas para si. São verdadeiros canais de Deus para suprir as necessidades dos menos favorecidos.

Ao darmos a nossa oferta para a obra de Deus, o importante não é a quantidade, mas sim, a atitude do coração, e nossa disposição de dar, Mc 12.42-44.

Quando fazemos de Cristo, o Senhor de tudo que possuímos torna-se mais fácil contribuir.

Deus esta a procura de homens em quem possa confiar o uso fiel de suas riquezas. A estes, o Senhor dar o dom de repartir, e de nada tem falta.

PEDIR
Que paradoxo. No dinheiro, está a solução para muitos problemas, mas o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

A maneira como gastamos nosso dinheiro, revela quais são as nossas prioridades, bem como o nível da nossa vida espiritual.

1. A motivação da lei
Todo crente deve entregar um décimo de sua renda, isto é, o dízimo, mas, por quê?
Será que é porque a Bíblia ensina a fazê-lo?
Será que é porque a Igreja não se cansa de falar neste assunto?

O verdadeiro motivo é o gesto de adoração a Deus, e porque demonstramos que amamos a Deus.

A Bíblia ensina que devemos entregar o dízimo.
Abraão entregou a Melquisedeque, que era uma representação de Cristo, Gn 14.20;
Jacó propôs entregar o dízimo, antes mesmo de existir a lei de Moisés, Gn 28.22;
O profeta Malaquias afirmou que, não entregar o dízimo é roubar a Deus, Ml 3.8.
Jesus disse: “… se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”, Mt 5.20. Os fariseus davam o dízimo. Nós que somos da igreja temos que ser mais fiéis do que eles. Eles davam porque a lei determinava, se não houvesse lei, eles não dariam. A motivação era errada. Os fariseus são como alguns crentes de hoje. Eles dão o dízimo e ficam a espera das janelas se abrirem, caso isto não aconteça, lançam em rosto, “mas eu sou dizimista, porque estas coisas estão a me acontecer?”

CONCLUSÃO:
Somos mordomos. O mordomo pertence ao seu Senhor, bem como tudo que lhe é confiado. Ao mordomo é confiado administrar as riquezas de seu Senhor, e empregar Segundo as suas ordens.

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